sábado, 17 de julho de 2010

Bullying


O conflito e as dificuldades de relacionamento entre alunos podem ser originários de fenómenos de bullying.
Esta forma de agressão, que pode levar ao suicídio, surge na escola e tem uma grande intensidade entre crianças, de ambos os sexos, entre os onze e os dezasseis anos.
O bullying consiste em agressão física, verbal e psicológica que é exercida, individualmente ou em grupo, na comunidade educativa.
Neste tipo de situações há uma relação assimétrica entre dois ou mais alunos, na qual um deles (ou um grupo) desempenha de forma repetida, sistemática e intencional o papel de agressor sobre outro que se submete ao papel de vítima perante o testemunho dos observadores.

Existem dois tipos de bullying:

1) Directo – consiste em comportamentos físicos ou verbais, no ataque ou destruição de objectos pertencentes à vítima ou na ofensa verbal directa.

2) Indirecto – consiste na rejeição, na marginalização ou difamação do sujeito.

A forma directa está mais associada aos rapazes e a indirecta às raparigas.
Este tipo de agressão tem um enorme impacto nas vítimas que sofrem um decréscimo de auto-estima e se sentem impotentes perante as situações de ataque. Podem optar por pôr fim à situação ou integrando o grupo dos agressores ou outro grupo rival, como meio de protecção ou, na pior das hipóteses, os sentimentos de vergonha e insegurança podem levar ao suicídio.
Não são de ignorar os sinais que as vítimas podem manifestar que podem ir da ansiedade, isolamento, depressão, problemas do sono até aos sintomas físicos ou à recusa de ir à escola ou fuga.
Relativamente ao impacto no agressor, este tipo de situações de violência são vistas como um ganho, uma mais valia pelo mesmo. Perante os resultados de domínio, o agressor só vê vantagens neste tipo de comportamento. Ele próprio sofre transformações de personalidade que provocam a interiorização do modo agressivo e o comportamento pode generalizar-se. Estes indivíduos tendem a integrar posteriormente grupos de delinquentes juvenis pelo registo em que actuam.
A prática de agressão é vista pelos agentes como um meio de obter estatuto dentro de um grupo ou como forma de atingir determinado objectivo.
Os observadores sentem-se inseguros e impotentes perante o fenómeno. Com o tempo, a observação frequente de comportamentos violentos provoca-lhes indiferença e aprendem a distanciar-se.

Por que é que os jovens praticam o bullying?
As razões podem ser diversas:

1) Questões de auto-afirmação ou defesa de um território;
2) Estratégias de pressão;
3) Comportamentos de retaliação (vítimas que passaram a agressores.

Este tipo de fenómenos verifica-se mais em situação de mudança de escola ou de ciclo em que a adaptação e a integração fragilizam o visado.

De notar que existem critérios para a escolha das vítimas:

- Possuidores de defeitos físicos mesmo que diminutos como, por exemplo, uso de óculos;
- Uma história escolar digna de observação (o melhor aluno,…);
- Origem social ou étnica;
- Género.

Estes factores associados a um baixo estatuto sócio económico são preditores da agressão.
As vítimas têm um deficit de competências sociais, especialmente na assertividade, enquanto que os agressores são sujeitos mais integrados e com maiores competências sociais.

Fontes:
http://www.portalbullying.com.pt/

http://psiadolescentes.wordpress.com/

http://www.bullyingescola.com

http://aeiou.visao.pt/como-evitar-o-bullying=f550744

http://pt.wikipedia.org/wiki/Bullying

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